Abordagem Farmacológica do Controle Glicêmico/Tratamento Farmacológico Para o Diabetes Tipo 2

Associação Americana de Diabetes

Padrões da Assistência Médica – 2019

Abordagem Farmacológica do Controle Glicêmico/Tratamento Farmacológico Para o Diabetes Tipo 2

Fonte: Diabetes Care Volume 42, Supplement 1, January 2019, Pag S92

Recomendações:

– Metformina é o agente inicial de preferência para o tratamento do diabetes tipo 2

– Uma vez iniciada, a metformina deve ser continuada enquanto tolerada e sem contraindicações; outros agentes, incluindo insulina, devem ser adicionados à metformina

– O uso prolongado de metformina pode estar associado à deficiência de vitamina B12, e a avaliação periódica dos níveis desta vitamina devem ser considerados nos pacientes tratados com metformina, especialmente aqueles com anemia ou neuropatia

– A introdução precoce de insulina deve ser considerada se há catabolismo (perda de peso), sintomas de hiperglicemia, A1c acima de 10% ou níveis de glicemia acima de 300 mg/dL

– Considerar iniciar terapia dupla em pacientes com diabetes com diagnóstico recente que tenham A1c acima de 1,5% do seu alvo glicêmico

– Um abordagem centrada no paciente deve ser utilizada para escolher os agentes farmacológicos. Comorbidades (doença cardiovascular aterosclerótica, insuficiência cardíaca, doença renal crônica), risco de hipoglicemia, impacto no peso, custo, efeitos colaterais e preferência do paciente devem ser considerados.

– Em pacientes com diabetes tipo 2 e doença cardiovascular aterosclerótica estabelecida, inibidores do cotransportador sódio-glicose 2 (iSGLT2) ou agonistas do receptor de GLP-1 com comprovado benefício cardiovascular são recomendados como parte do regime de tratamento.

– Em pacientes com doença cardiovascular aterosclerótica em alto risco de insuficiência cardíaca ou naqueles onde a insuficiência cardíaca já coexiste, iSGLT2 são os fármacos preferidos.

– Para pacientes com doença renal crônica, considerar utilizar um iSGLT2 ou um agonista do receptor de GLP-1 que tenham demonstrado redução do risco de progressão da doença renal, eventos cardiovasculares, ou ambos.

– Na maioria dos pacientes que precisam do efeito anti-hiperglicemiante de medicação injetável, os agonistas do receptor de GLP-1 são preferidos em relação à insulina.

– A intensificação do tratamento de pacientes com diabetes tipo 2 que não atingem os alvos glicêmicos não deve ser postergada

– O tratamento deve ser reavaliado em intervalos regulares (3 a 6 meses) e ajustado conforme a necessidade de incorporar novos fatores do paciente.